Ao falarmos de peixes selvagens, nos referimos àquelas espécies que não são cultivadas em cativeiro e que são pescadas em seu habitat natural respeitando-se seu ciclo de vida.

Ao possuírem uma vida livre nos mares gelados, estes pescados precisam caçar seu próprio alimento para sobreviver – fator essencial que confere características específica à sua carne, já que o peixe se encontra em maior movimento e, consequentemente, acaba por gastar mais energia.

Espécies selvagens possuem uma composição corporal com menor índice de gordura
e a textura de suas carnes tendem a ser mais firmes e magras.

Levando isso em conta, ao pensarmos em preparos culinários, é preciso se ater ao método escolhido, pois são carnes com propriedades diferentes àquelas de peixes de cativeiro. Qual é, então, o melhor preparo para o Peixe Selvagem?

Peixes magros em gordura podem ser preparados em menor tempo de cozimento que o indicado em uma receita. Diminua em 25% o tempo de preparo, ou seja, uma preparação que indica 20 minutos, com o salmão selvagem, não deverá passar de 15 minutos de cozimento.

Os peixes de carne branca como o bacalhau fresco e a polaca do Alasca são igualmente delicados no sabor e igualmente magros em gordura. Por isso o modo de preparo deve ser semelhante a do salmão selvagem.

O bacalhau deve ser preparado preservando a pele que
contribuirá para manter umidade e textura suave, já que a pele possui colágeno, proteína que segura água mantendo as demais proteínas da carne úmidas.

A polaca do Alasca é encontrada porcionada e congelada, podendo ser preparada ser descongelar o que garantirá sabor e maciez.

Outro ponto importante de se ter em mente é manter a umidade do peixe, dando preferência por métodos como ao vapor, pochê, ensopados, com molhos ou com preparações cobertas ou tampadas, obtendo, dessa forma, uma carne mais úmida e macia.

Experimente estes incríveis peixes saudáveis, nutritivos, sustentáveis e naturais. Sua saúde irá agradecer!

Andréa Esquivel – Nutricionista
Maio de 2021